A pecuária é responsável por parte considerável das emissões de gases estufa na atmosfera. Devido a esse problema, tem-se buscado soluções econômicas que possam diminuir ou até mesmo anular essas emissões. Assim como a utilização de sistemas silvipastoris e agrossilvipastoris, algumas mudanças na nutrição dos animais e adoção de mecanismos de desenvolvimento limpo nas áreas de pastagem. As estratégias para a inserção da pecuária em um processo produtivo com baixa emissão de carbono é tema do 2º Simpósio Internacional de Plantio Direto e Meio Ambiente, que aconteceu entre os dias 23 e 25 de agosto, em Uberlândia, Minas Gerais.
Segundo Patrícia Anchão, pesquisadora da Embrapa Pecuária Sudeste, a pecuária influencia na emissão de gases de efeito estufa através das emissões de metano por parte dos animais e da emissão de óxido nitroso nas passagens dos solos.
— Existem várias estratégias utilizadas pelos pecuaristas para diminuir a emissão de gases de efeito estufa. No entanto, existem outras que deveriam ser incentivadas, como a redução do desmatamento. Outro fator bastante importante como estratégia seria o incentivo da agricultura e pecuária com baixa emissão de carbono. Nesse caso, a medida preconizada seria a intensificação das áreas de pastagem — afirma a pesquisadora.
Outra forma de retirar esses gases da atmosfera, de acordo com ela, é a introdução do componente arbóreo nos sistemas de pastagem, seja por sistema silvipastoris (SSP) ou agrossilvipastoris, como a Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF).
— Existem outras formas específicas focadas dentro da fazenda, como estratégias nutricionais para a diminuição da emissão de metano entérico. Essas estratégias contemplam ainda o uso de vacinas e balanceamento correto da dieta — conta.
Patrícia acrescenta ainda que outras medidas podem ser adotadas pelos pecuaristas que já usam a intensificação de pastagem, como ajustes nas adubações ou adoção de mecanismos de desenvolvimento limpo no sentido de aumentar a eficiência do uso dos fertilizantes nitrogenados e melhorar a distribuição das fezes e urina dos animais.
— Todas essas medidas mencionadas acabam trazendo ganho de eficiência ao produtor.
Portanto, ao mesmo tempo em que contribui para o meio ambiente, ele aumenta seu ganho em eficiência e economia — explica a pesquisadora.
Ela diz também que existem muitos dados de artigos científicos que mostram que o sequestro de carbono em áreas de pastagem pode anular totalmente as emissões por parte dos bovinos, por exemplo.
Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Pecuária Sudeste através do número (61) 3448-4433.
Fonte: Kamila Pitombeira www.diadecampo.com.br
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