quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Inseminação artificial em bovinos: uso da IATF cresce até 30% ao ano


Inseminação artificial em bovinos: uso da IATF cresce até 30% ao ano
No dia 20 de setembro o médico veterinário e professor da FMVZ-Unesp, José Luiz Moraes Vasconcelos, conhecido como Zequinha, esteve em Campo Grande/MS para palestrar sobre uso de IATF – que é a Inseminação Artificial por Tempo Fixo – neste início de estação de monta. A palestra começou às 20h (horário de MS) e durou cerca de uma hora e meia.
Na palestra, José Luiz relacionou a produção de carne com reprodução, genética e nutrição. Segundo o professor, a IATF, que cresce de 20% a 30% todo ano no Brasil, consegue aumentar o aproveitamento desses três pilares da produção de carne, pois permite inseminar uma vaca com escore corporal inferior. No entanto, Zequinha rejeita que a conta que o pecuarista deve fazer é de um bezerro por ano. “Essa é uma conta de quantidade. Nós temos que buscar a eficiência reprodutiva ao invés de somente reprodução. Assim, conseguimos fazer a análise de risco. Fazemos análise de risco todos os dias ao olhar para a rua para ver se não vem carro, ao trancar a porta de casa ao sair... Basta fazermos isso na fazenda”, explicou Vasconcelos.

Matrizes nelore prontas para a aplicação do protocolo de IATFEm seu discurso, o professor afirmou que o trabalho não é emprenhar a vaca, mas sim trabalhar para aumentar a rentabilidade do sistema da propriedade como um todo. “Está sobrando ou faltando comida na fazenda? Será que está faltando mesmo ou a taxa de lotação é que está acima da suportada pelo seu pasto?”, questionava o professor, que acrescentou que planejar deste modo é viver perigosamente. “Se a chuva atrasar, falta pasto e você pode perder a vaca e o bezerro”.



Genética
“O Brasil tem feito um grande trabalho de melhoramento genético. Nós temos que usar isso colocando nas vacas. A inseminação populariza a genética”, lembrou José Luiz. O veterinário disse que o criador tem que se perguntar todo dia como manter a vaca no rebanho. Quando a vaca pare no início da estação de monta ela tem mais chance de ficar gestante e de não ser descartada, conforme os números apresentados na sua palestra:
Mês que a vaca pariu
Chance de emprenhar na estação de monta
Agosto
86,4%
Dezembro
63,3%

Se a vaca parir no fim da estação de monta, perde-se a chance de ter um bezerro mais pesado na desmama. Quando nasce em setembro ou outubro, o animal fica em média dois anos e meio na propriedade. Já quando nasce em dezembro, esse bezerro vai sair da fazenda depois de três anos ou um pouco mais se o pecuarista resolver esperar o preço do boi subir, por exemplo. “Ele vai degradar a pastagem e você pode até ganhar R$ 2,00 na arroba, mas vai deixar suas fêmeas passando fome. Mais do que o dinheiro que você perde, é a comida das fêmeas que vai faltar, prejudicando a taxa de concepção da próxima estação de monta”, ensinou Zequinha.
Aproveitamento da Estação de Monta
O professor José Luiz apresentou um estudo feito com 1600 vacas, que demonstrou o seguinte caso:
 
Paridas em setembro
Paridas em outubro
Paridas em novembro
Produção de carne em kg
500
200
100
150 500
100
200
500
148 500
Segundo o estudo, com apenas uma pergunta você consegue planejar os próximos três anos na fazenda: “qual porcentagem de vacas paridas eu vou ter em setembro?”.
O que precisa ser feito para a vaca emprenhar no início da estação de monta?
• Tem que estar parida
• Involução do útero
• Tem que estar ciclando
• Tem que estar no período do estro
• Ser inseminada no momento certo
No discurso, Zequinha disse que o touro consegue inseminar no momento certo e identificar o estro, mas não faz a vaca ciclar. Já a IATF permite inseminar até a vaca que está em anestro.
Procedimento da IATF
Para ficar gestante, a vaca precisa desenvolver o folículo. Para que isso ocorra, é necessário LH (hormônio luteinizante). Se não tem comida disponível o suficiente para fornecer LH, outro fator que pode liberar o hormônio é a retirada do bezerro ou aplicação de injeção do hormônio eCG.
“A aplicação é mais cara, por isso eu prefiro a retirada do bezerro, que é a opção mais barata. Basta separar em currais próximos, só não pode encostar o bezerro na vaca. Com o dinheiro que sobrar, por exemplo, você pode fazer um creep-feeding”, exemplificou o veterinário Vasconcelos. “É claro que, se estiver chovendo e o curral está num barreiro só, você opta pelo eCG e não deixa os bezerros desprotegidos”, acrescentou.
Período de inseminação de novilhas e vacas multíparas
Bezerros nascidos de inseminação artifical por tempo fixo“Qual das duas você insemina primeiro?”, indagou Zequinha. Numa situação em que três novilhas pariram em agosto, setembro e outubro, é mais provável que a que pariu em outubro esteja com melhor condição corporal.
Segundo o médico veterinário Murilo Zanutto Velasques deve-se levar em conta também o balanço energético das matrizes a serem inseminadas. Após o período de perda de peso, quando a matriz começa a recuperar o escore, a aplicação do protocolo de IATF passa a ser considerada. O que acontece na maioria das vezes é que tanto a vaca parida em agosto como as vacas paridas em setembro e outubro são inseminadas no mesmo período. A diferença é que a vaca parida em outubro está em boas condições, pois ainda não perdeu peso, apesar de, possivelmente, estar em anestro. 
“Existem tecnologias disponíveis no mercado que nos ajudam a atingir nosso objetivo”, concluiu Zequinha. Sobre qual protocolo aplicar, José Luiz disse que o mais adequado é sempre o mais fácil, que atinja menor custo por vaca gestante. Quanto aos resultados, eles dependerão da condição da vaca, da qualidade dosêmen e do inseminador. “De todos que experimentaram a IATF, não conheço um fazendeiro que parou”, finalizou José Luiz Moraes.
Evolução do uso da IATF no Brasil
• 2002: cerca de 100 mil matrizes aptas à reprodução recebiam a técnica.
• 2011: 5 milhões de matrizes recebem a IATF e 10 milhões recebem IA.

Novidades em equipamentos e instalações fortalecem piscicultura em MS


Novidades em equipamentos e instalações fortalecem piscicultura em MS
Na última semana, entre os dias 15 e 17 de setembro, o parque de exposições de Dourados/MS recebeu o II Encontro de Piscicultores de Mato Grosso do Sul. Cerca de 400 participantes, entre inscritos, imprensa e organização, estiveram no evento, que abrangeu novas técnicas de manejo, equipamentos, nutrição e até novas raças para produção.
No saguão do Exposhopping do Parque João Humberto de Carvalho, dez empresas montaram seus estandes para apresentar novos equipamentos, instalações, publicações de imprensa relacionada, projetos e rações para peixes.

Equipamentos

A Trevisan Equipamentos Agroindustriais levou uma novidade em caixa para transporte de peixes vivos. Com modelos cuja capacidade varia entre 400 e 2400 litros para carregar até 900 kg de peixes vivos ou 50.000 unidades de alevinos até 3 cm, a caixa possui mangueiras microperfuradas que economizam e distribuem melhor o oxigênio na água.

Cooperativa

Vice-presidente da MS Peixe, Ademar FerreiraO presidente da Comissão Organizadora do evento e vice-presidente da MS Peixe (Cooperativa de Aquicultores do Mato Grosso do Sul), Ademar Ferreira, disse que o estado está próximo de resolver o maior gargalo da pisciculturaatualmente, que é a comercialização. De acordo com ele, em reunião com a cooperativa neste mês de setembro, o prefeito de Dourados disse que até o fim de 2012 estarão prontas as instalações de um novo frigorífico para abater até 5 toneladas de peixe por dia e que o local já nasce pronto para possível aumento de capacidade. Para ele, o estado tem grande potencial na aquicultura pela qualidade e quantidade de águas disponíveis.

Instalações

A Douramar levou até o Encontro um sistema de alto desempenho na produção comercial de peixes. É um modelo de tanques construídos para diminuir o custo de produção e que também privilegia a sustentabilidade por reutilizar ao máximo a água necessária para o funcionamento. No sistema, é possível criar qualquer espécie que depende de água. Ao redor das instalações, espelhos d’água permitem o cultivo hidropônico, arroz irrigado ou utilizar a água para redução de custos de produção de hortifrutis. “Pensamos na cadeia toda de produção, até porque o Brasil foi convidado para produzir peixe para o mundo todo. Precisamos atender essa necessidade”, explica Domingos Marcante, da Douramar. Segundo ele, o sistema pode produzir até 60 toneladas de peixes em um hectare por ano.

Nutrição

O sócio-proprietário da Douramix, empresa de nutrição animal cuja linha atende também a piscicultura, explicou que a cadeia produtiva de peixes está em processo de estabelecimento no Mato Grosso do Sul. “Primeiro os criadores têm que entender de ambiente, manejo e nutrição para chegar à estabilidade. O setor está crescendo devagar e a comercialização ainda é o gargalo. Acredito que essa demanda vai acabar chamando a atenção de empresários de frigoríficos”, projetou Luiz Teodoro.

Objetivo

Aline Brun, gerente de pesquisa e inovação do Projeto PacuPara Aline Brun, gerente de Pesquisa e Inovação do Projeto Pacu e uma das palestrantes do evento, o encontro reestabelece o canal de comunicação dos pesquisadores com os produtores, promove a tecnificação do setor e fortalece os contatos estabelecidos.





Dica

Obviamente que um evento que visa incentivar a produção pode também dar dicas sobre como consumir a carne do animal. O vice-presidente da MS Peixe, Ademar Ferreira, aconselhou: “O catfish defumado é meu prato predileto. Quando ao ponto, ele fica bem vermelho e cai muito bem com uma cerveja”, brincou Ferreira.

Nucleotídeos melhoram aproveitamento de nutrientes

Muito usados nas dietas de aves atualmente, os nucleotídeos são capazes de acelerar o crescimento e a recuperação intestinal após injúrias, além de aumentar a produção de anticorpos, linfócitos e a resistência contra infecções bacterianas e virais. Entre esse grupo, estão os nucleotídeos purificados, que garantem o fornecimento exato da concentração trabalhada. O uso dos nucleotídeos purificados concentrados na nutrição de aves foi tema de palestra realizada no 22º Congresso Latino-Americano de Avicultura, que aconteceu entre os dias 6 e 9 de setembro, em Buenos Aires, na Argentina.


Segundo Maurício Viana, doutor em nutrição animal e gerente de produtos da FormilVet, o maior desafio na nutrição pré-inicial em aves é a mudança no tipo de nutrientes fornecidos que passa de exclusivamente proteínas e gorduras do saco vitelino para uma dieta composta predominantemente por carboidratos. Por isso, ele afirma ser sempre bom trabalhar com ingredientes de alta digestibilidade.

— Hoje, as dietas devem ser processadas via mucosa intestinal. Por isso, sempre se busca trabalhar com produtos que tenham características benéficas para melhorar as estruturas morfofisiológicas da mucosa intestinal — diz Viana.

Ele acrescenta que, atualmente, existem diversas maneiras para maximizar o crescimento de frangos, como a estratégia nutricional para os primeiros dias de vida. Nesse contexto, o produtor pode adaptar rapidamente a ave do metabolismo lipogênico para o glicogênico. Além disso, Viana diz que o produtor pode reduzir ao máximo o período de jejum, usar uma dieta pré-inicial e trabalhar com alguns aditivos, como as enzimas digestivas.

— Devido às crescentes restrições ao uso de alguns promotores de crescimento, é importante que os nutricionistas busquem produtos com conceitos de moduladores nutricionais, ou seja, aqueles que têm como objetivo promover um melhor aproveitamento dos nutrientes da dieta. Como exemplo, podemos citar os nucleotídeos purificados — explica.
De acordo com ele, os nucleotídeos são subunidades de ácidos nucléicos, estruturalmente constituídos por bases nitrogenadas, ligados à um açúcar mais um grupo fosfato. Esses nucleotídeos são extraídos dos ribossomos do núcleo das células.

— Os nucleotídeos apresentam vários benefícios. Dentro do organismo do animal, eles têm três funções. A primeira é fornecer a base para a multiplicação celular, o que implica na aceleração do crescimento e diferenciação da mucosa intestinal, além da recuperação intestinal após injúrias. A segunda é a atuação no sistema imunológico, ou seja, os nucleotídeos aumentam a produção de anticorpos e linfócitos, além de melhorar a capacidade fagocitária, aumentando a resistência contra infecções bacterianas e virais — conta.

A terceira delas, segundo Viana, é a atuação dos nucleotídeos como constituintes estruturais dos ácidos nucléicos, além de serem componentes de algumas enzimas dentro do organismo animal. 
Para ele, os nucleotídeos purificados garantem o fornecimento exato da concentração trabalhada, flexibilizando seu uso na dieta. Ele fala ainda sobre o Nucleoteid URI 30, um dos produtos presentes no mercado, desenvolvido pela Formilvet.

— O NucleotAid URI 30 é um produto único no mercado, tem uma concentração exclusiva de 30% e é enriquecido com uridina monofosfato. A uridina é o nucleotídeo que tem a maior concentração no colostro e no leite das matrizes suínas. Da mesma forma, é o mais presente no saco vitelino das aves. Além disso, a uridina monofosfato funciona como precursora da síntese de outros nucleotídeos — diz.

Para mais informações, basta entrar em contato com a FormilVet através do número (11) 4789-8719.


Fonte: Kamila Pitombeira www.diadecampo.com.br

Economia na alimentação animal

Tradicionalmente utilizados, produtos como o milho, o farelo de soja e de algodão são muito utilizados na alimentação de bovinos. Por outro lado, co-produtos da indústria de combustível como a soja, o dendê e o girassol, podem garantir a mesma qualidade nutricional, além de serem mais econômicos. O “Uso de co-produtos da indústria de biocombustíveis na nutrição de bovinos” foi um dos minicursos oferecidos no III Simpósio Brasileiro de Agropecuária Sustentável (Simbras), entre os dias 22 e 24 de setembro, em Viçosa, Minas Gerais.


Segundo Bruno Mendonça, doutorando do departamento de zootecnia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em diferentes regiões do Brasil existem produtos que podem ser utilizados como fonte de óleo para a produção de biodiesel.

— Podemos citar a soja, o algodão, o girassol, o dendê e a macaúba, entre outras inúmeras culturas que podem ser explorados para a produção de óleo para biodiesel. Destes, a maioria dos resíduos pode ser utilizada na nutrição de bovinos, pois são fontes alternativas para a substituição de alimentos tradicionais como o milho, o farelo de soja e de algodão — explica o doutorando.

Mendonça conta ter trabalhado com o farelo e a torta de crambe, onde obteve resultados interessantes com a utilização desses resíduos na substituição de fontes protéicas da dieta, do farelo de soja e do caroço de algodão em dietas de bovinos de corte em confinamento com alto teor de grão. 

— Para os produtores, a principal vantagem é a econômica. Isso porque esses produtos, na maioria dos casos, são bem mais baratos que os produtos convencionais. É uma vantagem econômica para os produtores para engordar o gado e uma fonte de renda para a agricultura familiar em algumas regiões do Brasil, que pode colher esse material, processar e vender — afirma o entrevistado.

Ainda de acordo com ele, é preciso atentar para o fato de alguns co-produtos da indústria de combustível possuírem certos fatores anti-nutricionais que estão em fase de estudo, apesar de alguns já contarem com resultados.

— Alguns deles apresentam limitações com relação à quantidade, por exemplo. Por isso, antes de utilizar algum co-produto, o produtor deve procurar um técnico, um nutricionista, um zootecnista, um agrônomo ou um veterinário para uma consultoria sobre como utilizar esses co-produtos — orienta.

Para mais informações, basta entrar em contato com o entrevistado através do e-mail brunopcm@yahoo.com.br.

Fonte: Kamila Pitombeira www.diadecampo.com.br

terça-feira, 27 de setembro de 2011

BRASIL SEDIA ENCONTRO DE QUARENTENA ANIMAL

Médicos veterinários, técnicos e especialistas de mais de 50 países do mundo estão reunidos no Brasil até sexta-feira (30) no 1º Encontro Internacional de Especialistas em Quarentena Animal. O evento teve início ontem (26) na Estação Quarentenária de Cananeia (EQC), localizada na Ilha de Cananeia, no litoral sul de São Paulo. Trata-se do único estabelecimento do Brasil regulamentado pelo Ministério da Agricultura para receber os animais importados e para emissão de certificado.

Promovida pelo Departamento de Saúde Animal (DSA) e pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), a reunião terá como foco a discussão de ações para proteger os países de eventuais ingressos e disseminação de doenças de alto impacto econômico. Os debates serão ministrados por palestrantes da África do Sul, Austrália, Estados Unidos, Hong Kong, Argentina e Brasil. O presidente da OIE, Carlos Messuti, fará a abertura do encontro. O objetivo de sediar o evento é fazer com que o Brasil possa, sistematicamente, servir como um centro de referência para a OIE em assuntos de quarentena animal.


Fonte: AgroLink

PARA MINISTRO, AFTOSA NO PARAGUAI ESTÁ CONTROLADA


O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, afirmou ontem (26) que os casos de aftosa na fronteira do Brasil com o Paraguai não preocupam o governo e que providências estão sendo tomadas para proteger o rebanho brasileiro. O ministro fez o comentário após participar de uma reunião sobre o Código Florestal na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

"Nós temos a situação sob controle. Fui ao Rio Grande do Sul participar de uma reunião com os secretários [da Agricultura] do Rio Grande, do Mato Grosso, de Santa Catarina e do Paraná e estabelecer uma ação conjunta onde solicitei ao Ministério da Defesa a prorrogação da Operação Ágata para que nós não pudéssemos correr nenhum risco", informou.

Questionado sobre uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, que publica imagens nada animadoras do avanço da doença na fronteira Brasil-Paraguai, Ribeiro reforçou que vai enviar técnicos para a região para estudar a antecipação da segunda etapa da vacinação contra a aftosa. "As fotos que o jornal publicou passam a imagem de uma situação que nós sabemos poder existir, mas é uma zona que tem 100% de vacinação. Nós temos tranqüilidade quanto a isso. O serviço está bem feito", assegurou.

O ministro também comentou o embargo da Rússia à carne brasileira e disse que a pasta tem se empenhado para assegurar a ampliação de mercados para os produtos brasileiros no exterior. Ele completou ainda que o embargo russo não causou o prejuízo estimado. " Nós perdemos 48%? Não. Nós perdemos 6% porque a outra parte já foi colocada em outros lugares. Isso é uma ação permanente nossa. Que estejamos atentos sempre em busca de novos negócios", finalizou.




Fonte: AgroLink

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

CRMV-PR tem novo presidente



Dr. Eliel durante solenidade de posse, na sede do Conselho, no dia 9 de setembro
Dr. Eliel durante solenidade de posse, na sede do Conselho, no dia 9 de setembro
O médico veterinário Eliel de Freitas foi eleito presidente do CRMV-PR para o triênio 2011/2014. A chapa encabeçada por Dr. Eliel “Inovação CRMV-PR” venceu por 370 votos de vantagem à concorrente “Rumo Seguro”, liderada pelo médico veterinário Masaru Sugai. A chapa “Inovação” fez 2.589 votos contra 2.219 da “Rumo Seguro”. 

O resultado final do pleito foi conhecido na madrugada do dia 7 de setembro, após o encerramento da apuração. A solenidade de posse dos membros da Gestão 2011/2014 foi realizada na sexta-feira (9), na sede do Conselho em Curitiba.

Apuração
BRANCOS - 47
NULOS - 190
CHAPA 22 “INOVAÇÃO CRMV-PR” - 2.589
CHAPA 11 “RUMO SEGURO” -  2.219
TOTAL DE VOTOS VÁLIDOS - 4.808


Chapa Inovação CRMV-PR
Diretoria Executiva
Presidente: Eliel de Freitas CRMV-PR 0826 
Vice-presidente: José Ricardo Pachaly CRMV-PR 1432 
Secretário-Geral: Juliano Leonidas Hoffmann CRMV-PR 5612 
Tesoureiro: Felipe Pohl de Souza CRMV-PR 2934
Conselheiros Efetivos
Leunira Vigano CRMV-PR 2784
Maria Iraclezia de Araujo CRMV-PR 0558/Z
Luiz Carlos Rodrigues CRMV-PR 1011 
Piotre Laginski CRMV-PR 4368
Itamara Farias CRMV-PR 3432 
José Jorge dos Santos Abrahão CRMV-PR 2037
Conselheiros Suplentes
Claudia Maria dos Santos Gebara CRMV-PR 3042 
Icaro Waldamir Fiechter CRMV-PR 0252 
Leandro Cavalcante Lipinski CRMV-PR 6728 
Danilo Gobbo Donoso CRMV-PR 9612 
Evandra Maria Voltarelli CRMV-PR 3155

Fonte: Assessoria de Comunicação do CRMV - PR

CFMV ENVIARÁ SUGESTÕES AO MAPA SOBRE REGRAS PARA PRODUTOS VETERINÁRIOS


Em 25 de julho de 2011, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ( Mapa) abriu consulta pública (Portaria N° 137), pelo período de 60 dias, para receber sugestões ao projeto de Instrução Normativa que aprova as medidas destinadas a identificar, relatar e monitorar os eventos adversos de produtos de uso veterinário registrados no órgão.

Após a publicação da portaria, o presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Benedito Fortes de Arruda, constituiu um grupo de estudos no Conselho com o objetivo de elaborar sugestões e enviá-las ao Mapa. A equipe esteve reunida em 21 e 22 de setembro na sede do CFMV, em Brasília, para consolidar o relatório final que será enviado ao ministério.

Para Silvana Górniak, pesquisadora e coordenadora da equipe formada pelo presidente, até agora, no Brasil, não existe política de avaliação de produtos veterinários. “Não se sabe, ao certo, a ocorrência de eventos adversos quanto ao uso desses medicamentos. Esses medicamentos também podem ter consequências diretas ou indiretas na saúde humana”, alerta Silvana.

A nova regra pretende regulamentar o acompanhamento dos medicamentos, vacinas e aditivos usados nos animais. A legislação deve aumentar o controle sobre o uso de medicamentos e orientar usuários para o encaminhamento de notificações. Outra função será definir critérios e modelos de formulários para as notificações sobre alterações, durante ou após o uso dos produtos, para permitir uma investigação adequada desses casos.

A norma também estabelecerá os procedimentos que serão adotados pelo ministério após o recebimento das notificações. Definirá, ainda, as responsabilidades legais dos estabelecimentos detentores de registro, como a obrigação de realizar investigações completas em casos de eventos adversos e a necessidade de dispor de um serviço de farmacovigilância veterinária.

A equipe de estudo do CFMV é formada pelas Médicas Veterinárias Silvana Lima Górniak (coordenadora), Maria José Moreira Batatinha, Viviane Mayumi Maruo e Célia Aparecida Paulino.

Assessoria de Comunicação CFMV

INDENIZAÇÃO POR ANIMAL SACRIFICADO POR INTERESSE DA DEFESA SANITÁRIA: COMISSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ACATA SUGESTÃO DO CFMV


A Comissão de Agricultura analisou nesta quarta-feira projeto de lei (PL 827/11) que prevê indenização do governo para o produtor rural que tiver que sacrificar animais doentes ou destruir lavouras por interesse de defesa sanitária.

A proposta é do deputado Ricardo Izar, do PV de São Paulo, e busca atualizar uma legislação de 1948.

O relator, deputado Domingos Sávio, do PSDB de Minas Gerais, modificou alguns pontos do projeto após ouvir entidades como o Conselho Federal de Medicina Veterinária. Foi incluída, por exemplo, a necessidade de perícia independente em animais e plantas doentes.

De acordo com o deputado Domingos Sávio, nas indenizações relativas a animais, o substitutivo proposto garante pagamentos em relação ao valor de mercado do animal. "Mas existem casos em que a gente procurou garantir 100% de indenização. Por exemplo, quando se vai fazer o abate de animais por prevenção quando o animal está sadio. Mas o governo entende que deve fazer o abate assim mesmo e esse abate é necessário para um controle preventivo de um determinado raio, do entorno da propriedade. Em alguns casos, o governo indenizará com 50% e em outros casos, até com 100%”, explica Sávio.

No projeto original, a indenização de 100% é garantida apenas quando, após o abate, não ficasse comprovada a doença do animal. O relator também reduziu o prazo para que o produtor reivindique a indenização de 180 para 90 dias após o abate ou a destruição das plantas.

Segundo Domingos Sávio, a regulamentação da indenização, que hoje é bastante discutida na Justiça, vai evitar que os produtores adotem práticas perigosas como esconder animais doentes.

A proposta também será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça.

Clique aqui e confira o  PL 827/11


Fonte: Rádio Câmara
Edição: Assessoria de Comunicação CFMV

Aumento de lotação animal é prática sustentável


Para adotar práticas sustentáveis, nem sempre o produtor precisa fazer grandes investimentos. No caso da pecuária, por exemplo, uma medida simples, como o aumento da lotação animal em uma mesma área pode otimizar o capital terra, gerando economia ao bolso do produtor. A adoção de algumas estratégias para a inserção da pecuária em um processo produtivo sustentável foi um dos temas abordados no 2º Simpósio Internacional de Plantio Direto e Meio Ambiente, que aconteceu entre os dias 23 e 25 de agosto, em Uberlândia, Minas Gerais.

Segundo Eduardo Bastos, relações institucionais da Dow AgroSciences, uma das principais estratégias está no aumento da lotação animal, o que promove o maior aproveitamento da forragem produzida e uma liberação de espaços que podem ser convertidos em novas áreas de pastagem, floresta ou grãos.

— Isso é feito através de práticas simples de manejo como a utilização de cercas, controle de plantas daninhas e calagem. Esse é um dos principais pontos ligados à sustentabilidade na pecuária. Quando aumentamos a lotação, conseguimos produzir mais carne em uma área menor — afirma o relações institucionais.

De acordo com ele, atualmente, existe uma média de 0,76 unidade animal por hectare, partindo do princípio de que uma unidade animal equivale a 450kg. No entanto, Bastos diz que é possível dobrar essa lotação.

— Assim, conseguiríamos liberar aproximadamente 80 milhões de hectares de pastagem que poderiam ser utilizados em outras atividades. Por outro lado, ao adotar a técnica, o pecuarista deve trabalhar a pastagem como se trabalha qualquer lavoura. Ela tem uma demanda nutricional e é preciso tomar cuidado para que não haja um sobrepastejo — orienta. 


Como passam a existir mais animais em uma mesma área, o relações institucionais diz que é preciso haver uma capacidade na forragem que ofereça maior suporte a esses animais e, principalmente, uma suplementação que não pode ser esquecida, a chamada mineralização.

— Se considerarmos que a terra é um capital imobilizado, há um dinheiro investido nela. Quanto mais animais são colocados, o custo é diluído, ou seja, o custo de manter um hectare de pastagem com meia cabeça é praticamente o mesmo de manter com uma ou duas. Então, na verdade, o produtor está otimizando seu capital terra — conclui Bastos.


Fonte: www.diadecampo.com.br


Acidificação melhora produção de suínos e aves

Com a função de acidificar o trato gastrintestinal, os ácidos orgânicos garantem aos animais uma melhor absorção de nutrientes, melhorando o desempenho final, tanto na produção de carne, como de ovos e outras. Por isso, a prática de acidificação vem ganhando espaço entre os produtores e é capaz de promover ainda aspectos positivos quando se trata de bactérias patogênicas. Nesse contexto, se destacam as acidificações em água e ração, que garantem mais eficiência em papo, moela e estômago ou no rendimento nutricional.


Segundo Ricardo Hayashi, responsável pelo departamento de pesquisa e desenvolvimento da Sanex, a prática da acidificação em ração, tanto para suínos quanto aves, é muito importante, visto que, atualmente, além do aspecto sanitário, ela consegue melhorar o aspecto do rendimento nutricional do animal. Em suínos, seu objetivo principal é estabilizar o pH de leitões na fase de desmama, o que melhora a digestão e absorção de nutrientes, evitando a diarreia. Já em aves, além de auxiliar na digestibilidade, os ácidos modulam de forma eficaz a microbiota intestinal, eliminando bactérias patogênicas e favorecendo as desejáveis e benéficas.

— Acidificando a parte inicial e final do intestino do animal, ele consegue ter um aproveitamento melhor da dieta, melhorando o desempenho, ciclo de vida e equilíbrio nutricional. Fora esse aspecto, é importante citar que, dependendo do produto utilizado, a prática tem aspectos positivos quando se trata de bactérias patogênicas, ou seja, ela combate alguns tipos de bactérias que possam trazer prejuízo — afirma Hayashi.

Para ele, o melhor exemplo seria o da salmonella, uma bactéria que pode trazer prejuízos na questão de saúde dos seres humanos e animais. Além disso, com a prática de acidificação em água, o animal consegue um rendimento mais eficiente em papo, moela e estômago.

— Em relação ao setor agropecuário, é necessário utilizar um produto correto que contenha matérias-primas de alta qualidade e que ofereça um bom suporte técnico. No entanto, antes da escolha do produto, é preciso avaliar qual a necessidade e desafios de cada empresa — diz.

Hayashi acrescenta ainda que, como os ácidos orgânicos têm a função de acidificar o meio intestinal, conseguindo assim promover melhor absorção de nutrientes, eles melhoram o desempenho do animal que ganha gramas a mais tanto em produção de carne, como de ovos, por exemplo.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Sanex através do número (41) 3249-1874.

Fonte: Kamila Pitombeira www.diadecampo.com.br

terça-feira, 20 de setembro de 2011

ALERTA: Foco de febre aftosa notificado no Paraguai mobiliza o Paraná


A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) está adotando de forma emergencial todos os procedimentos técnicos para evitar a circulação do vírus da febre aftosa no estado do Paraná. A mobilização está ocorrendo após o Estado ser comunicado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre a ocorrência de um foco de febre aftosa no Paraguai, fato que foi notificado nesta segunda-feira (19) à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).
Como medida preventiva inicial, o Ministério da Agricultura suspendeu o ingresso e trânsito de animais, produtos e subprodutos de animais suscetíveis à febre aftosa vindos do Paraguai, na região de fronteira com o Brasil.
O foco de febre aftosa foi identificado no departamento (estado) de San Pedro, localidade denominada Sargento Loma, que fica a cerca de 235 quilômetros de Guaíra (PR) e a 126 quilômetros da divisa com o Mato Grosso do Sul. O vírus encontrado e notificado à OIE é do tipo O, mais comum na América do Sul.
No Paraná, o departamento de Fiscalização e Defesa Sanitária da Seab está reforçando a fiscalização sobre o trânsito de animais e cargas de produtos e subprodutos de origem animal em toda a área de abrangência da fronteira com o Mato Grosso do Sul e com os países vizinhos.
Para essa região, onde estão instalados seis postos de fiscalização, a Secretaria da Agricultura está intensificando a vigilância sanitária, deslocando pessoal para as unidades onde é necessário um reforço de técnicos.
No posto de fiscalização de Foz do Iguaçu, por onde passam cargas de animais e produtos, o Ministério da Agricultura, órgão responsável pela vigilância em fronteiras internacionais, reforçou a atenção.
Mesmo assim, a Secretaria da Agricultura se prontificou a reforçar o trabalho do Ministério, inclusive com pessoal, para resguardar os interesses do Paraná e do mercado brasileiro, informa o diretor do Departamento de Fiscalização e Defesa Sanitária, Marco Antonio Teixeira Pinto.
Em outra medida preventiva, a Seab vai reforçar o rastreamento que faz nas vistorias às propriedades onde se encontram animais vindos de outros estados, principalmente do Mato Grosso do Sul. Será feita uma investigação clínica nos animais para ver se não há sintomas aparentes da doença.
Teixeira Pinto disse que o Paraná está seguindo todas as orientações para proteger o rebanho paranaense, conforme determina o Ministério da Agricultura. As mesmas recomendações foram enviadas pelo órgão federal para os demais estados que fazem fronteira com o Paraguai, como o Mato Grosso do Sul onde a área de fronteira é maior.
“Se o estado do Mato Grosso do Sul adotar todas as medidas preventivas recomendadas e a vigilância reforçada no Paraná for mantida, acredito que será possível barrar a circulação do vírus”, avalia Teixeira Pinto.
ALERTA – O governo faz um alerta a todos os produtores paranaenses para que se envolvam nessa mobilização da vigilância sanitária. As comunidades, através dos Conselhos Municipais de Sanidade (CSAs), devem auxiliar no processo de vigilância e orientação aos produtores para que evitem ou denunciem casos de trânsito irregular de animais, sem o acompanhamento da Guia de Trânsito Animal (GTA) – documento emitido pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.
Outro alerta é dirigido diretamente às pessoas que transitaram pelo Paraguai, nas áreas de foco da febre aftosa, para que evitem contato com animais em solo brasileiro.
O último foco de febre aftosa registrado no Paraná foi em 2005 e, desde então, a doença não mais se manifestou no Estado. Para manter o controle da vigilância, duas campanhas de vacinação contra a doença são realizadas todos os anos.
A Secretaria da Agricultura está adotando todos os procedimentos técnicos para pleitear nos próximos anos, junto ao Ministério da Agricultura e à OIE, o reconhecimento do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação.
AEN

Castração biológica reduz sofrimento de bovinos

Uma nova técnica promete eliminar de vez o convencional método de castração de bovinos, no qual é feita uma cirurgia de retirada dos testículos. A castração biológica, feita através de uma injeção à base de papaína e ácido lático, garante índices de 98% de castração e promete eliminar riscos para o produtor rural, como eventuais hemorragias. A castração biológica em bovinos é tema de um dos minicursos oferecidos no III Simpósio Brasileiro de Agropecuária Sustentável (Simbras), entre os dias 22 e 24 de setembro, em Viçosa (MG).


Segundo Diogo Vivacqua, médico veterinário e doutorando do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), essa castração tem o objetivo de tentar diminuir o sofrimento dos animais em relação à castração convencional, ou seja, cirúrgica.

— É um novo método de castração que funciona com uma injeção de dose única aplicada em cada um dos testículos dos animais. A partir daí, o animal já está castrado e pode ser solto a pasto, ou seja, não há pós-operatório — explica o médico veterinário.

Ele conta que o produto é biológico, pois é feito a base de papaína, encontrada no mamão, e ácido lático, extraído do leite. As vantagens para o produtor rural são muitas. Uma delas é não precisar mais retirar os testículos dos animais. Com isso, não há problemas com hemorragias, bicheiras ou pós-operatório. Além disso, extinguem-se os riscos de morte, já que o produto age localmente.

— Entre os efeitos da castração, há a diminuição da agressividade e sodomia entre os animais. A técnica permite ainda a castração durante qualquer época do ano e não exige o uso de outros medicamentos — diz Vivacqua.

Comparado à castração cirúrgica, esse método diminui o sofrimento dos animais. De acordo com o veterinário, quando o animal é castrado, ele muge, urina e defeca constantemente. Já durante o procedimento de castração biológica, o animal fica tranquilo no tronco.

— A técnica já foi testada em mais de 1.200 animais, sendo que 98% deles têm demonstrado castração. Além da diminuição da agressividade, comprovamos através de exames biológicos a ausência de espermatozóides — garante.

O produto ainda está em fase experimental, portanto, método e produto ainda não foram disponibilizados aos produtores. Segundo Vivacqua, ainda é preciso realizar um registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A partir daí, eles serão disponibilizados ao público.

Mais informações no site http://www.simbras-as.com.br/.


Fonte: Kamila Pitombeira www.diadecampo.com.br

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Cereais de duplo propósito para bovinocultura

Cereais de inverno de duplo propósito são boas opções para produtores do sul do Brasil como alternativas às pastagens tradicionais. Isso porque, durante o inverno, os animais precisam de uma maior área de forragem. Já durante os períodos mais quentes, quando o pasto acaba sobrando, o produtor pode colher produtos que podem servir inclusive como suplementação energética para os seus animais. Com uma melhor alimentação, os animais acabam produzindo mais carne e mais leite. Existem variedades que permitem produções adicionais de 10% a 20% de leite por vaca.


Segundo Renato Fontaneli, pesquisador da Embrapa Trigo, o carro chefe da empresa como duplo propósito é o próprio trigo, mas existem outros como centeio, triticale, cevada e aveia branca que também são indicados para manejo de dupla aptidão, ou seja, eles servem inicialmente como pastos e mediante a retirada dos animais do pasto, em momentos que não comprometem o rendimento de grãos, servem também para manejo da colheita de grãos.

— A princípio, qualquer produtor que faça a integração lavoura pecuária, seja ele produtor de leite, de novilhos ou ovinocultor, tem adotado essa prática como um reforço para alimentar seus animais — afirma o pesquisador.
Ele explica que os cereais de duplo propósito servem como alternativa às pastagens tradicionais que normalmente são compostas de aveia preta e azevém. O azevém acaba sendo uma pastagem bastante interessante do ponto de vista do valor nutritivo, mas por outro lado é a principal planta daninha nas lavouras de cereais de inverno, de acordo com ele.

— No sul do Brasil, durante o inverno, as temperaturas e a luminosidade são baixas. Então, para adquirir sua dieta, os animais precisam de maior área de forragem. Para isso, uma parte da pastagem pode ser destinada como duplo propósito — conta.

Já na transição entre inverno e primavera, Fontineli diz que o pasto começa a sobrar devido ao aumento da luminosidade e da temperatura. Consequentemente, se o produtor tiver simplesmente aveia preta e azevém, ele não terá a possibilidade de manejo, a não ser para palhada. Já se ele destina uma parte para duplo propósito, ele colhe um produto que pode servir inclusive como suplementação energética para os seus animais.

— Uma vez que o produtor alimenta melhor os animais ou aumenta a capacidade de suporte da pastagem, consequentemente ele produzirá mais leite e mais carne. A variedade de trigo BRS Tarumã, por exemplo, tem permitido produções adicionais de 10% a 20% de leite por vaca ao dia. Já os novilhos, costumam ganhar de 800g a 1,2kg por dia. Além disso, ele tem uma renda adicional pela colheita de grãos, em vez de cultivar somente as pastagens tradicionais — afirma o pesquisador.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Trigo através do número (54) 3316-5800.

Fonte: Kamila Pitombeira www.diadecampo.com.br

Palestras e curso na web: Manejo e Descompactação de Solos sob Sistemas de Plantio Direto e Convencional

O IEPEC em parceria com o curso de Agronomia da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, estará transmitindo gratuitamente todas as palestras da 2º Semana de Ciência e Tecnologia.

Além das palestras estará sendo transmitido o mini-curso: Manejo e Descompactação de Solos sob Sistemas de Plantio Direto e Convencional. Prestigie esta iniciativa e participe!

Veja mais informações no folder virtual abaixo, caso não esteja visualizando a imagem, mais informações você encontra no endereço: http://cienciaetecnologia.strmedia.net/conferencia_web/ 

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Carrapato bovino pode beneficiar produtor

Por se alimentar do sangue dos animais, o carrapato bovino pode levar a quadros de anemia e enfraquecimento do animal no que diz respeito à sua imunidade. Com isso, o produtor acaba sofrendo uma queda da produtividade, tanto da carne como do leite. Ao se alimentar, o parasita também libera toxinas no organismo que diminuem o apetite dos bovinos. Além disso, ele também causa lesão no couro, o que diminui sua qualidade e valor no mercado. 

No entanto, apesar de todos esses problemas que o carrapato pode causar na produção, o produtor deve ter em mente que ele não pode ser eliminado totalmente do rebanho. Isso porque ele é responsável pela transmissão da tristeza parasitária bovina, mas também pela promoção de imunidade natural contra a doença.Segundo Cláudia Gomes, pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul, o carrapato tende a aumentar em número nas épocas mais quentes do ano, pois o calor e a alta umidade aceleram seu desenvolvimento. Por isso, os produtores rurais devem ter um planejamento de controle do parasita.

— Se existir um planejamento de controle de reinfestação no campo, a tendência é que essa infestação aumente de forma descontrolada — afirma a pesquisadora. A circulação de animais silvestres, a introdução de animais no rebanho, o tipo de vegetação, a criação do gado com outras espécies animais, a lotação dos campos, os métodos de controle químicos e não-químicos e a resistência do hospedeiro são alguns dos fatores que influenciam no crescimento populacional do carrapato.

— O manejo dos animais também influencia no controle desses parasitas, como a não utilização de alta população nos pastos. A qualidade da alimentação do animal também é importante porque interfere diretamente na imunidade do organismo. Além disso, o manejo dos pastos merece atenção. Isso porque a maior parte da contaminação está nos pastos. Se o produtor faz um descanso do pasto, ele dá oportunidade para as larvas usarem as reservas nutricionais que têm, ficando enfraquecidas. Com isso, a capacidade de infestar os animais é diminuída — explica Cláudia. 

O controle químico, como o uso de carrapaticidas e a utilização de predadores naturais, além dos fatores genéticos de resistência natural dos animais são outras medidas que podem ser usadas para controlar a população dos parasitas no rebanho.

Principais erros

Para a pesquisadora, existem alguns erros que costumam ser cometidos pelos produtores rurais. No caso do controle químico, por exemplo, ela conta que, o manejo incorreto do carrapaticida pode levar a uma subdosagem do acaricida. Essa subdosagem, segundo Cláudia, faz com que alguns dos carrapatos permaneçam vivos. Com isso, além de reduzir os intervalos dos tratamentos, ocorre o risco de aceleração do processo de resistência contra aquele produto.

— Se o produtor utiliza acaricida de aplicação injetável, ele deve estar atento à dosagem que irá aplicar, de acordo com o peso do animal. Já se o carrapaticida é usado em banheira de imersão, ele precisa seguir a orientação do fabricante em relação à quantidade do produto, de acordo com o volume da banheira. É importante também que os bicos ejetores desse banho estejam sempre limpos para que a pressão da água seja suficiente para penetrar entre os pelos do animal. O produtor deve ainda evitar banhar os animais em dias de chuva, pois o produto sobre o corpo do animal acaba sendo lavado, o que elimina o efeito residual do carrapaticida — orienta.

Ainda segundo a pesquisadora, o carrapato também é transmissor da tristeza parasitária bovina e a imunidade natural contra essa doença se dá pelo contato do animal com o carrapato. Portanto, o produtor deve pensar no controle do carrapato para evitar perdas econômicas sem a erradicação total desse parasita, o que levaria à baixa imunidade dos animais contra essa doença e também provocaria perdas.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Pecuária Sul através do número (53) 3242-8499.

Fonte: Kamila Pitombeira www.diadecampo.com.br

terça-feira, 6 de setembro de 2011

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA AUTORIZA VACINAÇÃO CONTRA LARINGOTRAQUEÍTE


Os donos de granjas do sul de Minas Gerais foram autorizados a vacinar as aves contra a laringotraqueíte. No ano passado, a doença, que não é transmissível ao homem, matou milhares de aves na região.

As cidades de Passa Quatro, Itamonte, Pouso Alto e Itanhandu, da região das terras altas da Mantiqueira, têm nove granjas e dez milhões de galinhas. São vacinados os animais de postura que têm entre quatro e oito semanas de vida. A doença causa um problema respiratório.

Fiscais do IMA, Instituto Mineiro de Agropecuária, acompanham a vacinação, feita por funcionários das granjas. “Verificamos se estão tomando cuidados como temperatura de vacina e forma de vacinação para ter uma resposta positiva”, explica Luiz Antônio Torino, fiscal do IMA.

Essa é a primeira vez que a vacina é aplicada no sul de Minas Gerais. A liberação do Ministério da Agricultura ocorreu porque em novembro do ano passado o órgão foi notificado sobre a presença da laringotraqueíte nas granjas da região.

Apenas em uma das granjas três mil galinhas morreram. O dono acredita que o custo de R$ 0,07 por dose da vacina, importada dos Estados Unidos, é um ótimo investimento. “O custo é muito pequeno em relação ao prejuízo que tivemos no ano passado”, avalia Cláudio Scarpa.

Fonte: Avicultura Industrial