Recém nascidos exigem preocupações como cocho especial, técnicas de desmame, abrigo de condições climáticas e oferecimento de colostro
Kamila Pitombeira
Além de cuidados com fêmeas gestantes, é preciso também tomar algumas medidas depois do nascimento de cordeiros. Essas medidas podem garantir a boa produtividade e evitar prejuízos no bolso do produtor. O manejo de cordeiros do nascimento ao desmame foi um dos temas abordados no VII Congresso Brasileiro da Raça Santa Inês, que aconteceu nos dias 12 e 13 de maio em Maceió (AL). Segundo Carla Fabrícia Cordeiro, professora de Zootecnia do Instituto Federal de Alagoas IFAL, o manejo de cordeiros se inicia antes do nascimento. Ela diz que é preciso ter um cuidado com a mãe para que o cordeiro tenha boa formação e nasça com um peso ideal. Isso porque os cordeiros que nascem leves são desmamados também mais leves e terminados mais leves, o que traz prejuízos econômicos.
Os cordeiros, ao nascerem, precisam de alguns cuidados, como a desobstrução das vias respiratórias e massagem pulmonar para ativar a respiração. Também é preciso abrigá-los do frio, da chuva e da corrente de vento, evitando a pneumonia, além de oferecer o colostro, ou seja, direcionar os animais diretamente ao peito das fêmeas — afirma Carla.
Nesse caso, de acordo com ela, há a passagem de forma passiva de anticorpos de mãe para filho, fazendo com que o filhote não fique com a imunidade suprimida. Ela explica que isso é muito importante para que ele comece a desenvolver as defesas do organismo.
Existem ainda vários outros cuidados, como higienização da instalação e verificação da habilidade materna das mães, período que transcorre até o desmame. O desmame está diretamente relacionado com a produção, pois influencia bastante nos níveis de produção, e pode acontecer de duas formas. Existe o desmame precoce, que acontece entre 21 e 45 dias de idade, o semi precoce, que é bastante empregado e acontece de 60 a 100 dias de vida do cordeiro, e o desmame tardio, que acontece em criações extensivas, onde os animais ficam permanentemente soltos. Esse desmame acontece entre 100 e 150 dias de idade — diz a professora.
O desmame precoce, como afirma Carla, é adotado hoje em função de várias vantagens. Ela conta que, com esse tipo de desmame, esgota-se menos a fêmea, pois ela consegue atingir o escore de produção corporal mais rapidamente, atingindo a condição ideal para reprodução antes do tempo.
Com o desmame precoce, diminui-se também os índices de verminoses, pois as fêmeas lactantes são mais sensíveis a esses problemas. Já em relação à produtividade, se os cordeiros nascem 10% menos pesados, quer dizer que teremos uma terminação com 10% menos carcaça — diz.
Carla conta que, entre os principais erros cometidos pelos produtores, está a falta de hábito de criar um cocho privativo para os cordeiros. Esse cocho é responsável por fazer com que eles se desapeguem aos poucos da mãe, comecem a abandonar o hábito da amamentação e passem a ingerir alimentos. O desmame precoce, de acordo com ela, irá beneficiar o ganho de peso.
Para mais informações, basta entrar em contato com o IFAL através do número (82) 2126-7000.
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Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Portal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
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