quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Subproduto do coelho é valorizado no mercado


Além da carne, cunicultura pode comercializar a pele e alguns órgãos dos animais destinados á pesquisa
Kamila Pitombeira
29/11/2011
A produção de carne de coelho contava com relativa importância há alguns anos no país. Agora, depois de uma fase de queda de popularidade, está sendo retomada, principalmente porque tem-se buscado ultrapassar a barreira cultural de que as carnes exóticas não são apreciadas pelo povo brasileiro. Além da produção da carne, a cunicultura reaproveita também a pele dos animais, além de órgãos destinados a pesquisas. Apesar de ser um animal de fácil criação, o coelho exige cuidados específicos em relação à higiene e alimentação.
Segundo Érika Regina Miklos, zootecnista e gerente de produtos da Evialis, a intenção da produção nacional de coelhos é melhorar a união dos produtores junto à Associação de Cunicultura para que os produtores tenham um menor custo de produção da carne, produzindo assim mais animais e gerando um preço mais competitivo no mercado.
— Isso vai desde fornecer uma boa alimentação para maior ganho de peso até uma boa genética e um bom manejo — afirma a zootecnista.
O manejo da criação de coelhos é bem peculiar, como conta Érika. É um animal fácil de criar, mas é preciso atenção especial em relação à higiene e ao manejo sanitário. Basicamente, o local necessário para iniciar a criação não precisa ser grande.
— É preciso ainda tomar cuidados em relação ao estresse e à resistência, já que o coelho é tipicamente oriundo de regiões mais frias — diz.
O coelho é um animal herbívoro. Então, como explica a entrevistada, fornecer fibras digestíveis na quantidade correta é muito importante. Eles costumam se alimentar de ração peletizada ou de ração peletizada acrescentada de verde, como uma folha de amoreira ou bananeira.
— A alimentação deve ser oferecida nas horas mais frescas do dia. Por ser um animal de hábito noturno, é importante que os comedouros fiquem cheios nesses horários — orienta.
Érika acrescenta ainda que, quando o produtor possui uma granja de coelhos, é importante que ele respeite os limites de outras criações. Ela conta que, em uma construção rural, existem normas para isso, pois granjas de frango ou até mesmo a presença de cachorros podem prejudicar a criação trazendo alguns tipos de sanidades que podem ser transmitidas aos coelhos.
— Além da carne, a pele de coelho também é valorizada no mercado, além de diversos subprodutos, como o cérebro, que é reaproveitado para pesquisas — diz.
Para a zootecnista, todo criador que pretende dar início à cunicultura deve procurar a orientação da Associação de Cunicultura Brasileira, além de participar das listas de discussão e procurar uma empresa de boa reputação na parte de alimentação.
Para mais informações, basta entrar em contato com a Evialis através do número 0800-704-1241.


Fonte: www.diadecampo.com.br

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