sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ACRIMAT orienta pecuarista a não utilizar ‘cama de frango’

Alguns produtores estão utilizando essa proteína na alimentação concentrada do gado, o que pode infectar o animal e provocar a chamada ‘doença da vaca louca’

ACRIMAT
23/11/2011

A ACRIMAT - Associação dos Criadores de Mato Grosso, começa um trabalho de orientação junto aos pecuaristas para que não utilizem proteína animal na alimentação dos animais, como a ‘cama de frango’, que pode causar uma das mais temidas doenças no gado a Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB, mais conhecida como o ‘mal da vaca louca’. “No Brasil nunca foi registrado um caso da doença, mas depois da febre aftosa, é a doença mais temida pelo mercado, por ser uma forte barreira sanitária, por isso o produtor não deve, em hipótese alguma, dar esse tipo de alimento para seu gado”, alertou o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.
 
A preocupação é antiga, mas o alerta chega num momento onde foram detectados produtores alimentando o gado com a ‘cama de frango’, o que é proibido. Desde o aparecimento da doença no Reino Unido, em 1986, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, determinou medidas sanitárias para evitar a sua introdução e propagação no país. O Instituto Mato-grossense de Defesa Agropecuária (Indea) responsável pela fiscalização irá visitar até o final deste ano 536 propriedades em Mato Grosso para diagnosticar se proteína animal está sendo utilizada na alimentação do gado, sendo que em 400 fazendas já visitadas, foram encontradas 350 cabeças de gado, que receberam a alimentação inadequada e que deverão ser sacrificadas num prazo de 30 dais. 
 
O trabalho de fiscalização é de rotina e começou a ser realizado pelo Indea em julho desse ano, principalmente nos municípios produtores de aviários, onde a oferta da ‘cama de frango’ é mais fácil. A coordenadora do departamento de Controle das Doenças dos Animais do Indea, Daniella Soares de Almeida Bueno, explica que os fiscais estão colhendo amostras da alimentação de concentrados dos animais e fazendo um teste simples onde o diagnostico sai na hora. “Nos casos suspeitos são levadas as amostras para um laboratório credenciado, onde o produtor também fica com parte desse material, para possível solicitação de novas análises”, disse a coordenadora. Ela avisa que as fiscalizações irão continuar em 2012.
 
Mato Grosso possuiu o maior rebanho bovino do Brasil com mais de 29 milhões de cabeças e está livre da febre aftosa há mais de 15 anos. Um status garantido através de um trabalho intenso com a vacinação de seu rebanho. Só na etapa de vacinação do mês de novembro, onde todo rebanho é vacinado, o pecuarista mato-grossense vai gastar R$ 44,3 milhões com a compra das 29 milhões de doses. “O produtor tem que ter mais essa responsabilidade e cuidar da alimentação de seu plantel, pois não podemos correr o mínimo risco que seja, de perder a confiança do mercado já conquistado”, disse Vacari. (Rosana Vargas)

Fonte: www.diadecampo.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário