segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Pesquisas em universidades pretendem fazer com que gado leiteiro produza leite mais nutritivo


Chamado de funcional, produto pode beneficiar saúde
humana e do animal

  • Annamaria Bonanomi | São Paulo (SP)
O leite é considerado um alimento indispensável na dieta por conta de seus valores
nutricionais. No entanto, pesquisas nas universidades estão pretendendo deixar o
produto ainda mais nutritivo. As pesquisas não tratam da adição de vitaminas e
minerais pela indústria, como já acontece, mas buscam formas para que a bebida
seja produzida pelo animal com nutrientes específicos. O leite funcional, como é
chamado, ainda não é uma realidade, mas está perto de ser.
– Quando a gente fala de leite funcional, a gente fala de um leite mais rico, um leite
com, talvez, maior teor de cálcio, porque as pessoas precisam de cálcio, com maior
teor de ferro, porque as crianças precisam de ferro – afirma o assistente técnico da
Tortuga, Renato Minohara.
A adição de nutrientes é feita por meio da alimentação e tem efeitos positivos
também na saúde do animal. Segundo o gerente de ruminantes para América
Latina da Nutron, Giuliano Campos, ajudar o animal a produzir leite funcional, em
vários aspectos, ajuda a melhorar a saúde do gado.
– Para o produtor isso é vantagem porque ele vai ter uma vaca mais sadia, que
produz mais leite e um leite de melhor qualidade – aponta Campos.
A vantagem do leite funcional, frente ao leite enriquecido pela indústria, é que os
nutrientes são absorvidos mais facilmente pelo corpo humano.
– Quando o leite sai da vaca já enriquecido a gente tem um enriquecimento na
forma orgânica e isso vai gerar uma maior absorção pelo ser humano. Segundo
pesquisadores da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), essa
absorção chega a ser 80% maior – aponta Minohara.
O leite funcional ainda está em fase de pesquisa no Brasil, mas essa tecnologia já é
aplicada em alguns países. Segundo o presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez, a
expectativa é de que o produto se torne mais uma classificação do leite, e que o
produtor seja remunerado por esse diferencial. No entanto, antes seria preciso
investir pesado em marketing para criar um mercado consumidor.
De acordo com Rubez, depende da comprovação. Depois que comprovado, o
produto deve ter um trabalho de marketing para divulgar as características do
produto e para que as pessoas conheçam. Além disso, o presidente da Leite Brasil
salienta que é importante conseguir um parceiro, uma raça de leite que ajude no
marketing e torne mais fácil a implementação do produto no mercado.
Fonte: www.canalrural.com.br

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