
A quirera de arroz, obtida pelo processamento industrial, é fonte de nutrientes que pode ser utilizado na alimentação animal. A criação de coelhos no Brasil ainda é baixa, talvez em sua parte pela falta de interesse ou carência de informações disponíveis sobre suas qualidades. Antes de tudo nessa criação, é fator fundamental a preocupação com a questão da alimentação. O coelho como todo animal apresenta suas características alimentares bastante expressivas como em exigências de fibra, proteína, energia e outros fatores. Dentro de uma grande variabilidade de alimentos para formulação de rações, é de se esperar que isso esteja relacionado com uma otimização econômica e a satisfação das exigências nutricionais dos animais. Os subprodutos hoje em dia fazem parte muito bem de nossas formulações de rações. Neste caso, vamos tratar da quirera de arroz pelo seu elevado teor de amido além é claro de sua qualidade protéica e energética.
Os coelhos são classificados como animais herbívoros de ceco funcional dentro de sua atividade fisiológica. Esses animais podem ser criados com sucesso a partir de um manejo nutricional adequado, ou seja, realizar um balanceamento adequado de dietas com a parte das rações e a parte dos volumosos.
O arroz (Oryza sativa L.) é produzido no mundo todo para utilização na alimentação humana. Quando esse mesmo ingrediente encontra-se fora das especificações para o consumo humano ou até mesmo por razões econômicas, apresenta grande valor na nutrição animal (Butolo, 2002).
No Brasil, existe uma diversidade de alimentos de variados valores nutritivos em que este, está diretamente relacionado com sua composição química e energética, importantes no momento do balanceamento das rações (Azevedo, 1997).
Biagi et al. (1996), citam que as companhias de grãos do comércio internacional, realizam uma averiguação da qualidade desses grãos alertando sobre as características de umidade, grãos quebrados, presença de material estranho, cor e imperfeições.
Um exemplo de variação de qualidade de ingrediente foi observado por Lima et al. (2000) que, estudando amostras de híbridos de milho comerciais, verificou variabilidades nos teores de proteína bruta. Baidoo et al. (1991) através de estudos com milho, encontraram variações nas densidades e energia metabolizável quando da inclusão desse ingrediente em rações para aves.
Como parte integrante dessas rações tem a oportunidade de utilizarmos um subproduto do beneficiamento do arroz, que é a quirera de arroz.
De acordo com Teixeira (1997), a quirera de arroz é formada por grãos defeituosos e quebrada após o polimento sendo dessa maneira, utilizado na composição de uma ração. O polimento do arroz é obtido na peneiragem passando por peneira de furos circulares de 1,6 milimetros de diâmetro. Fialho et al. (2005) cita que a quirera pode ser encontrada com diversos graus de limpeza além da presença da casca de arroz, sementes de capim-arroz os quais, correspondem a 6,3% do volume total colhido no campo.
Esse subproduto apresenta alta qualidade em proteína e energia metabolizável que pode ser comparado ao milho apesar de sua deficiência em gordura ao qual é recompensada, pela elevada concentração de amido (Rostagno, 2005).
A quirera de arroz é rica em minerais, principalmente em fósforo e manganês ao passo que, apresenta como fator limitante, o aminoácido lisina (Torin, 1991).
A composição bromatológica da quirera de arroz corresponde apresenta: 8,47% de PB, 1,22% de gordura, 74,45% de amido, 3846 kcal/kg de energia bruta, 0,55% de fibra bruta (Rostagno, 2005).
Trabalhos desenvolvidos por Lebas (1984) revelam que quantidades de cereais não devem ultrapassar de 25 a 30% da dieta de coelhos para que não haja riscos de distúrbios digestivos.
A substituição do milho pela quirera de arroz é uma via alternativa não só pela diminuição de custos da ração más também, por não causar comprometimento em desempenho de coelhos em fase de crescimento.
Fonte: www.diadecampo.com.br
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