BB aumenta limite de financiamentos, em especial para pecuária
Com o lançamento do Plano safra 2011/2012, foram divulgadas também as linhas de crédito que vão atender o agricultor. O Banco do Brasil, banco oficial, apresentou esta semana em Londrina as regras que vão balizar os créditos.
Segundo o superintendente do BB, Flávio Mazzaro, entrevistado pelo Jornal da Rural, o valor em dinheiro disponível é quase 18% maior que no ano passado, sendo R$ 7,3 bilhões para o estado do Paraná, com R$ 5,9 bilhões para a agricultura empresarial e R$ 1,3 bi para a agricultura familiar. Só na região de Londrina tem R$ 1 bilhão nesta carteira agrícola. Hoje o Banco do Brasil é responsável no estado por 71% dos financiamentos para o agronegócio, uma porcentagem maior que a média nacional que é de 63%.
"O agronegócio vai muito bem, e o banco procura assistir bem aos agricultores. Na última ExpoLondrina buscamos ampliar o atendimento a pecuária e deu muito certo, agora com o plano safra os benefícios são muitos também"- disse Flávio.
Novas Linhas de Financiamento
A expectativa do banco é aumentar em 30% a oferta e contratação de crédito na região norte. Para isso tem destacado a linha de crédito para o pecuarista que passou de R$ 500mil para R$ 750mil (por beneficiário), com juros de 6,5% ao ano, com 18 meses de carência e prazo de 5 anos para pagar. Esta linha é para recuperação de pastagens, fomento da produtividade pecuária, renovação de plantel, tendo ainda uma linha específica para compra de matrizes e reprodutores de bovinos.
No caso da agricultura a linha de custeio teve algumas alterações no teto de operacionalização, sendo que para a safra 2010/2011 o teto era de R$ 650 mil para algodão, frutas, milho ou lavouras irrigadas de arroz, feijão, mandioca, soja, sorgo ou trigo; R$ 500mil para amendoim, café ou lavouras irrigadas de arroz, feijão, mandioca, sorgo ou trigo; R$ 275 mil para cana-de-açúcar, pecuária bovina e bubalina, leiteira ou de corte, e para avicultura e suinocultura; R$ 200mil para demais lavouras e atividades pecuárias. Já nesta safra de 2011/2012 serão no máximo R$ 650 mil por beneficiário em cada safra, independente da cultura. Na linha de investimento o valor para o pecuarista subiu de R$ 200 mil para R$ 300 mil , e tem ainda disponível R$ 1 milhão para implantação e renovação de lavoura de cana-de-açúcar.
Outra linha é de recursos do BNDES para agricultura sustentável, que é a ABC - agricultura de baixo carbono, com taxa de 5,5% ao ano, e a Moderagro que dobrou o limite de crédito para R$ 600 mil por beneficiário e R$ 1,2 milhões nas operações coletivas que podem ser feitas entre irmãos e até vizinhos. Nesta última o prazo é de 10 anos de pagamento.
Médio Produtor
O médio produtor tem ainda o Pronamp que exige uma renda bruta agropecuária de R$ 110 mil a R$ 700 mil ano e tem para custeio R$ 400 mil e para investimento R$ 300 mil, valores bem superiores ao ano passado. Os juros são inferiores ao da agricultura empresarial, sendo 6,25% ao ano. Segundo Mazzaro, hoje o crédito está facilitando, mas sempre respeitando as garantias regulamentares como ficha cadastral e a exigência de projetos técnicos.
Os agropecuaristas interessados em entender melhor as linhas de crédito devem procurar uma agência do banco, que atendimento diferenciado ao produtor rural.
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