Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo
do último dia (20), a senadora Kátia Abreu (PSD/TO), que também é presidente da
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, questiona informações
divulgadas pela ONG Amigos da Terra sobre a situação dos abatedouros no Brasil.
No texto, a parlamentar repudia a alternativa apontada pelo diretor da Oscip,
que defende a extinção dos pequenos frigoríficos, assegurando que a demanda
poderá ser suprida pelos grandes estabelecimentos.
A senadora detalha para o diário paulista que
os dados alardeados pela ONG divergem daqueles divulgados em pesquisas
periódicas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ela pondera que a
precariedade da inspeção municipal é fato em parte substantiva dos abatedouros,
nos quais veterinários deveriam ter presença efetiva permanente. Mas em seu
discurso, a parlamentar é enfática: “A pretexto de defender a fiscalização
federal como única capaz de assegurar carne de qualidade, a ONG desconhece a
realidade e ignora os municípios, onde a vida e a produção efetivamente
acontecem”.
Kátia Abreu finaliza o artigo afirmando que
“eliminar simplesmente os pequenos é solução que só atende aos interesses do
monopólio de meia dúzia de grandes frigoríficos, que vivem no conforto dos
empréstimos com dinheiro público e juros subsidiados”. O presidente do CFMV,
Benedito Fortes de Arruda, enalteceu a publicação e observou que o
posicionamento da parlamentar é bastante alinhado ao do Conselho Federal. “Não
se pode atribuir a precariedade dos abatedouros do País exclusivamente aos
Médicos-Veterinários. A senadora deixa claro em seu texto ser necessária a
criação de normas que sejam obrigatórias para todos os níveis, com apoio técnico
e financeiro aos Estados e aos municípios para que estruturem seus serviços,
sendo estes monitorados pelo sistema brasileiro de inspeção. Seu discurso veio
em ótima hora”, avaliou.
Assessoria de Imprensa
CFMV
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